Dizem que nunca se sabe
Da última vez que vemos alguém
Um dia se acorda
Noutro é amém
Da voz que me chama
Não sei pronde quer me levar
Pro fundo da terra
À deriva, no mar
Da última vez
Que eu vi o teu rosto
Só tinha desgosto
Que me fez chorar
Eu rezo hoje à noite
E peço, amanhã
Que eu veja tua cara
A me encarar
Pra você lembrar
Do meu caderninho
Que tem um cantinho
Só sobre você
Pra você apagar
Uma coisa ou outra
Me jurar no dedo
Que não vai morrer
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Quando os outros falam
Tem dias que a voz some
Tem noites de cigarro
Manhãs de pigarro
Tardes que consomem
Foi numa noite dessas
Talvez fosse até de dia
O telefone tocou, rouco
Atendi meio às pressas
A voz lá dentro, sei de cor
O ritmo, o tom, o timbre
Não sei o quê denunciou
Tudo ia de mal a pior
Eu tranquei a cadeado
Procurei o choro por todos os lados
E nada
Eu contei até vinte
E escutei, no canto do ouvido ruim
Calada
Da próxima vez que você me ameaçar
Vou sem nem pensar, correndo
Vou atrás, nem que seja morrendo
Pela primeira vez, você vai me escutar.
Tem noites de cigarro
Manhãs de pigarro
Tardes que consomem
Foi numa noite dessas
Talvez fosse até de dia
O telefone tocou, rouco
Atendi meio às pressas
A voz lá dentro, sei de cor
O ritmo, o tom, o timbre
Não sei o quê denunciou
Tudo ia de mal a pior
Eu tranquei a cadeado
Procurei o choro por todos os lados
E nada
Eu contei até vinte
E escutei, no canto do ouvido ruim
Calada
Da próxima vez que você me ameaçar
Vou sem nem pensar, correndo
Vou atrás, nem que seja morrendo
Pela primeira vez, você vai me escutar.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Cansaço
Cansei de escrever coisa bonita
Vou escrever tanta merda,
Que a privada vai ficar entupida
Não dá mais pra segurar com a barriga
Quando todo dia alguém que se ama
Morre, foge, abandona ou fica desaparecida
Agora só uso palavra feia, escrota, esquisita
Em versos diretos, secos e cortantes
Chega de frase mal entendida
(jun/2012)
Vou escrever tanta merda,
Que a privada vai ficar entupida
Não dá mais pra segurar com a barriga
Quando todo dia alguém que se ama
Morre, foge, abandona ou fica desaparecida
Agora só uso palavra feia, escrota, esquisita
Em versos diretos, secos e cortantes
Chega de frase mal entendida
(jun/2012)
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