Na Chapada Diamantina
Nasceu filha de Dante
Vendedor de turmalina
A criança já veio predestinada
A ser mulher de fazendeiro
Casar, parir uma ninhada
Viver com muito dinheiro
Sua mãe, cozinheira de mão cheia,
Chorou ao ver a pequenina
Tomou-a dos braços da parteira
Nomeou-a Joaquina
Joaquina, muito sapeca,
Enrugava a face de Dante
Toda tarde largava a boneca
Pra se encontrar com o vigilante
Dona Carlota, sua mainha
Não sabia o que fazer
A menina, de manhãzinha,
Já dançava o balancê
Joaquina, tão pequena,
Fazia tudo na surdina
Seria mesmo uma pena
Não gastar a sola de sua botina
Chegou aos quinze desse jeito
Quando de casa partiu
Saiu de noite, estufando o peito
Mandou os pais pra puta que pariu
(Continua em "Mocidade de Joaquina")
(Continua em "Mocidade de Joaquina")
amei.
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